Dados mostram que 100 mil cristãos são mortos por ano, por assuntos relacionados à sua fé. As informações foram divulgadas pela Rádio Vaticano, na última terça-feira (28).
A denúncia foi feita pelo observador
permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, monsenhor Silvano Maria
Tomasi. “Investigações confiáveis levaram à conclusão chocante de que
mais de 100 mil pessoas são mortas por ano, por motivos que têm alguma
relação com sua fé”, disse ele.
Tomasi também ressaltou a constante
perseguição religiosa em alguns países. Ele observou que há países onde
os cristãos são forçados a renunciar sua fé e assistir a destruição dos
seus locais de culto. Os casos de sequestros de líderes religiosos
também foram lembrados, como o recente na Síria, onde dois padres
ortodoxos foram levados por homens armados.
As violações contra a liberdade
religiosa são “fruto do sectarismo, da intolerância, do terrorismo e de
leis que excluem”, explicou. “A Santa Sé manifesta ‘profunda
preocupação’ pelas violações da liberdade religiosa e pelos sistemáticos
ataques perpetrados contra as comunidades cristãs em algumas áreas do
planeta, como África, Ásia e Oriente Médio”, foi publicado no site do
Vaticano.
O secretário do Conselho Pontifício para
a Justiça e a Paz, o arcebispo Mario Toso, disse ainda que apesar das
conferências da Igreja Católica, as situações de discriminação contra
cristãos aumentaram na região entre a Europa e a Ásia Central.
“Lamentamos o fato de terem traçado uma
linha entre o credo religioso e a prática religiosa, o que faz com que
alertemos aos cristãos, cada vez mais numerosos ante os tribunais, que
há a liberdade privada de crer e praticar em suas igrejas, mas fica
proibido agir publicamente em nome da fé”, acrescentou Toso.
A perseguição contra os cristãos “deve
ser combatida assim como o antissemitismo e a islamofobia”, falou Toso,
em declaração citada pelo Vaticano.