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quinta-feira, 27 de abril de 2017
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Espiritualidade não religiosa
Espiritualidade é não esquecer que a retina da alma retém imagens alegres e tristes. É possível guardar o rápido instante como uma relíquia. Mesmo fugaz como um raio, o minuto vivido tem a capacidade de prolongar alegrias. Basta um segundo para o ano se desdobrar em muitos. Também, punir-se com uma imagem que se repete anos a fio pode gerar culpa doentia.
Cheiros despertam sentidos inimagináveis. Em nossa animalidade, somos guiados por odores. O nariz consegue ressuscitar pessoas, lugares, eventos. O olfato é matéria prima da saudade. A cozinha materna, o lençol da infância, o perfume da viagem, tudo pode ser fonte de vida ou de morte.
É sagrado memorizar rostos. Felicidade tem pouco a ver com lugares. As pessoas que nos tocaram em determinados lugares ou praças são responsáveis por nossas histórias – boas ou más.
Não podemos esquecer de entalhar certas palavras no coração. As palavras escritas, sussurradas ou gritadas, geram alegria, decepção, tédio – mulheres e homens não vivem só de pão, mas de substantivos e verbos.
Espiritualidade depende de uma visão retrospectiva. A vida que o rio chamado tempo levou, não jaz cristalizada. O passado de todas as pessoas continua aberto, esperando para ser resignificado por decisões presentes. Dependendo da postura atual, o bem outrora vivido pode se transformar em péssima memória. Por outro lado, a vida percebida na Graça tem a capacidade de revolver o passado horroroso para que um futuro inédito aconteça.
Soli Deo Gloria
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Por que eu nunca me converteria?
Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. (I Pe 2:20)Se alguns frequentassem determinadas igrejas eles jamais se converteriam ao cristianismo. Em certas instituições religiosas há desprezo pelo pensar. Os que sentem necessidade de saber o porquê das coisas e rejeitam a possibilidade de se sentirem indoutrinados, goela abaixo, sem que tenham a oportunidade de argumentar, criam repulsa ao fenônemo religioso que se alastra pelo Brasil. Muitos não se converteriam no ambiente que diz: Creia porque estou dizendo; não especule, não questione, aceite apenas. Um lugar onde se exige obediência cega, onde é proibido o exercício do bom senso, pode crescer em membresia, ser bem sucedido financeiramente e sofrer, inclusive, cooptação das forças políticas, mas jamais pode considerar-se legitimamente evangélico. Se você foi a uma dessas igrejas e não se converteu, parabéns. Você tem toda razão de reagir como reagiu. Eu também não me converteria.
Igreja que apequena debate, que se volta para questiúnculas e enfatiza pormenores irrelevantes do tipo mulher deve usar cabelo comprido ou curto? pode pintar as unhas com esmalte vermelho, azul ou de cor nenhuma? tem permissão de usar calças compridas? Além do debate em si ser ridículo, o mundo nunca mudará através das rédeas curtas desse legalismo coercitivo, dessa demagogia farisaica ou dessa piedade fundamentalista. E se existe um Deus preocupado com tão intrincada rede de pode-não-pode, melhor mesmo nem se aproximar dele. Como imaginar Jesus morrendo na cruz, e os mártires da igreja adubando com seu sangue o solo de Roma para que a pauta mais relevante dos seguidores de Jesus fosse essa?
Converter-se à fé se tornou crescentemente complicado nos ambientes piegas, das frases prontas, dos chavões sovados e reciclados que jamais favorecem a experiência numinosa do sagrado – na melhor das hipóteses, produzem alucinação.
A pressão do mercado apressa os pastores na busca por projeção. Esse anseio gera comunidades simplistas. A complexidade da vida, com todos as implicações que as escolhas trazem, não comportam respostas simplistas. Um jargão preocupante se difundiu entre os neopentecostais: Está amarrado em nome de Jesus! Essa amarração pretendia conter desde as investidas de Lúcifer às situações corriqueiras que nos afligem como gripe, trânsito engarrafado e problemas na justiça. (todavia, alguns divulgadores da frase não conseguiram evitar a cadeia)
Uma pitada do que acorre na enorme maioria das igrejas que se pretendem evangélicas dá ideia do grau de rejeição que elas podem gerar:
Todos a uma só voz digam: Amém.
Foi fraco ou não ouvi direito? Quero um sonoro Amém.
Todos, mais alto e pausado para afugentar o diabo, gritem Gloria a Deus.
Vou orar para que Deus coloque um círculo de anjos num raio de cinco quilômetros e o diabo não vai se aproximar.
Diga para quem está do seu lado: o ambiente está limpo, agora podemos louvar a Deus.
Evangelho é simples sem carecer desses artifícios simplistas e toscos.
Ora, quem se sente alegre não precisa gritar para potencializar sua felicidade; e o triste não mudará seu estado melancólico por meio de catarse temporária. Culto a Deus não depende de que todas as pessoas sorriam. Não há erro em estar abatido. Higienizar o ambiente para que o diabo não perturbe é tão medieval que chega a constranger. Essas técnicas de manipulação de massas se evidenciam em cada louvorzão, em cada conferência profética em cada congresso pentecostal. Tal suspensão temporária do senso crítico causa espécie por vulnerabilizar o povo a inescrupulosos mercadejadores do sagrado. Em muitos ajuntamentos, o pobre é extorquido até o último centavo do que possui nos bolsos ou na conta bancária. O resultado é que o Brasil já tem líderes de igrejas donos de aviões a jato, bancos, redes de rádio e televisão; alguns com cacife para eleger senadores, negociar comissões no Congresso e apontar o candidato à vice presidência de República. Nesse embalo, o projeto teocrático deixa de parecer impossível e, claro, preocupa.
A pergunta é inevitável: Então, por quais cargas d’água você se converteu e por que eu deveria me converter?
Converti-me porque a mensagem que me apresentaram soou racional e lógica o suficiente para satisfazer o meu intelecto e poderosa espiritualmente para impactar a minha vida. Eu cri invadido pela Graça. O Evangelho também indicou o caminho para algumas perguntas que eu já guardava: Deus? Bem? Maldade? Vida? Quem sou eu? Por que estou aqui?
Se na filosofia naturalista e no cientifismo moderno, eu era apenas um acidente cósmico, se no sistema oriental hindu e budista, mera emanação do todo divino – panteísmo – e se no espiritismo kardecista, espírito aprisionado a um corpo, cumprindo a lei do karma, a mensagem de Jesus me soou contundente, bonita e nobre: Eu sou a imagem de Deus que é amor. Ele me chamou de amigo, irmão, filho.
A resposta cristã para estupros, tráfico de drogas, clínicas psiquiátricas abarrotadas, embora não seja uniforme, mas cheia de controversias, me bastou. Quanto mais me aprofundei nas questões da justiça e da denúncia do pecado sistêmico que perpetua a miséria, eu vi que o número de opiniões e era proporcional ao número de denominações e escolas teológica. Os apontamentos cristãos para a solução do maior de todos os enígmas: Por que sofre o justo? eram conflitantes. Contudo, nesse emaranhado de argumentos a mensagem do Sermão do Monte me abalou. As palavras ali registradas me pareceram as mais humanas e mais desafiadoras que eu lera. Se no conceito oriental o mal e o bem se fundem numa só realidade, se no conceito espírita o mal se liga ao aperfeiçoamento, no que entendi do ensino de Jesus, o mal extrapola todas as abordagens. Ele tem que ser combatido. O mal decorre da liberdade. Fomos criados por Deus para a liberdade. Muitas vezes nos valemos dessa vocação para destruir. O mal é um acinte, jamais tolerado ou compactuado por Deus que interpela, sem cessar, homens e mulheres para enfrentarem todas as formas de antivida como suas mãos, pés e boca.
Deus é amor. Bondade existe no universo não como acidente, mas como intenção de um Deus eternamente amoroso e justo. João afirmou em sua epístola universal que todo aquele que ama é nascido de Deus. No amor ao pobre, não no cerimonialismo que exalta a liturgia, encontramos o rosto de Deus. No amor ao excluído, não no dogmatismo que glorifica a doutrina, somos tocados pelo divino. No amor ao estranho – o estrangeiro – não no institucionalismo, nos colocamos no caminho da verdade.
Converti-me porque tive a felicidade de ser anterior ao besteirol que se alastrou no movimento evangélico brasileiro nas últimas décadas; converti-me porque cri no Deus que amou o ser humano de tal meneira que não hesitou em continuar querendo bem mesmo diante do sacrifício de seu Unigênito – Jesus Cristo. Continuo no caminho, apesar de não ter alcançado resposta final e decisiva para todos os meus questionamentos – e isso é muito bom. Sinto-me ainda devedor ao projeto de vida que ele propôs. Continuo a desejá-lo, sabendo que nesse caminho encontro vida eterna.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Dar dinheiro na igreja (Ed René Kivitz)
Dar dinheiro na igreja tem sido uma prática cada vez mais
questionada. Certamente em virtude dos abusos de lideranças religiosas
de caráter duvidoso, e a suspeita de que os recursos destinados à causa
acabam no bolso dos apóstolos, bispos e pastores, não são poucas as
pessoas que se sentem desestimuladas à contribuição financeira. Outras
tantas se sentem enganadas, e algumas o foram de fato. Há ainda os que
preferem fazer o bem sem a intermediação institucional. Mas o fato é que
as igrejas e suas respectivas ações de solidariedade vivem das ofertas
financeiras de seus frequentadores e fiéis. Entre as instituições que
mais recebem doações, as igrejas ocupam de longe o primeiro lugar na
lista de valores arrecadados. Por que, então, as pessoas contribuem
financeiramente nas igrejas?
Não são poucas as pessoas que tratam suas contribuições financeiras como investimento. Contribuem na perspectiva da negociação: dou 10% da minha renda e sou abençoado com 100% de retorno. Tentar fazer negócios com Deus é um contra-senso, pois quem negocia sua doação está preocupado com o benefício próprio, doa por motivação egoísta, imaginando levar vantagem na transação. É fato que quem muito semeia, muito colhe. Mas essa não é a melhor motivação para a contribuição financeira na igreja.
Há quem contribua por obrigação. É verdade que a Bíblia ensina que a contribuição financeira é um dever de todo cristão. A prática do dízimo, instituída no Antigo Testamento na relação de Deus com seu povo Israel foi referida por Jesus aos seus discípulos, que deveriam não apenas dar o dízimo, mas ir além, doando medida maior, excedendo em justiça. A medida maior era na verdade muito maior. Os religiosos doam 10%, os cristãos abrem mão de tudo, pois crêem que não apenas o dízimo pertence a Deus, mas todos os recursos e riquezas que têm em mãos pertencem a deus e estão apenas sob seus cuidados.
Alguns mais nobres doam por gratidão. Pensam, “estou recebendo tanto de Deus, que devo retribuir contribuindo de alguma maneira”. Nesse caso, correm o risco de doar apenas enquanto têm, ou apenas enquanto estão sendo abençoados. A gratidão é uma motivação legítima, mas ainda não é a melhor motivação para a contribuição financeira.
Existem também os que contribuem em razão de seu compromisso com a causa, com a visão, acreditam em uma instituição e querem por seu dinheiro em algo significativo. Muito bom. Devem continuar fazendo isso. Quem diz que acredita em alguma coisa, mas não mete a mão no bolso, no fundo, não acredita. Mas essa motivação está ainda aquém do espírito cristão. Aliás, não são apenas os cristãos que patrocinam o que acreditam.
Muitos são os que doam por compaixão. Não conseguem não se identificar com o sofrimento alheio, não conseguem viver de modo indiferente ao sofrimento alheio, sentem as dores do próximo como se fossem dores próprias. Seu coração se comove e suas mãos se apressam em serviço. A compaixão mobiliza, exige ação prática. Isso é cristão. Mas ainda não é suficiente.
Poucos contribuem por generosidade. Fazem o bem sem ver a quem. Doam porque não vivem para acumular ou entesourar para si mesmos. Não precisam ter muito. Não precisam ver alguém sofrendo, não perguntam se a causa é digna, não querem saber se o destinatário da doação é merecedor de ajuda. Eles doam porque doar faz parte do seu caráter. Simplesmente são generosos. Gente rara, mas existe. O relacionamento com Jesus gera esse tipo de gente.
Finalmente, há os que contribuem por piedade. Piedade, não no sentido de pena ou dó. Piedade como devoção, gesto de adoração, ato que visa apenas e tão somente manifestar a graça de Deus no mundo. Financiam causas, mantém instituições, ajudam pessoas, tratam suas posses como dádivas de Deus, e por isso são gratos, e são generosos. Mas o dinheiro que doam aos outros, na verdade entregam nas mãos de Deus. Para essas pessoas, contribuir é adorar.
Não são poucas as pessoas que tratam suas contribuições financeiras como investimento. Contribuem na perspectiva da negociação: dou 10% da minha renda e sou abençoado com 100% de retorno. Tentar fazer negócios com Deus é um contra-senso, pois quem negocia sua doação está preocupado com o benefício próprio, doa por motivação egoísta, imaginando levar vantagem na transação. É fato que quem muito semeia, muito colhe. Mas essa não é a melhor motivação para a contribuição financeira na igreja.
Há quem contribua por obrigação. É verdade que a Bíblia ensina que a contribuição financeira é um dever de todo cristão. A prática do dízimo, instituída no Antigo Testamento na relação de Deus com seu povo Israel foi referida por Jesus aos seus discípulos, que deveriam não apenas dar o dízimo, mas ir além, doando medida maior, excedendo em justiça. A medida maior era na verdade muito maior. Os religiosos doam 10%, os cristãos abrem mão de tudo, pois crêem que não apenas o dízimo pertence a Deus, mas todos os recursos e riquezas que têm em mãos pertencem a deus e estão apenas sob seus cuidados.
Alguns mais nobres doam por gratidão. Pensam, “estou recebendo tanto de Deus, que devo retribuir contribuindo de alguma maneira”. Nesse caso, correm o risco de doar apenas enquanto têm, ou apenas enquanto estão sendo abençoados. A gratidão é uma motivação legítima, mas ainda não é a melhor motivação para a contribuição financeira.
Existem também os que contribuem em razão de seu compromisso com a causa, com a visão, acreditam em uma instituição e querem por seu dinheiro em algo significativo. Muito bom. Devem continuar fazendo isso. Quem diz que acredita em alguma coisa, mas não mete a mão no bolso, no fundo, não acredita. Mas essa motivação está ainda aquém do espírito cristão. Aliás, não são apenas os cristãos que patrocinam o que acreditam.
Muitos são os que doam por compaixão. Não conseguem não se identificar com o sofrimento alheio, não conseguem viver de modo indiferente ao sofrimento alheio, sentem as dores do próximo como se fossem dores próprias. Seu coração se comove e suas mãos se apressam em serviço. A compaixão mobiliza, exige ação prática. Isso é cristão. Mas ainda não é suficiente.
Poucos contribuem por generosidade. Fazem o bem sem ver a quem. Doam porque não vivem para acumular ou entesourar para si mesmos. Não precisam ter muito. Não precisam ver alguém sofrendo, não perguntam se a causa é digna, não querem saber se o destinatário da doação é merecedor de ajuda. Eles doam porque doar faz parte do seu caráter. Simplesmente são generosos. Gente rara, mas existe. O relacionamento com Jesus gera esse tipo de gente.
Finalmente, há os que contribuem por piedade. Piedade, não no sentido de pena ou dó. Piedade como devoção, gesto de adoração, ato que visa apenas e tão somente manifestar a graça de Deus no mundo. Financiam causas, mantém instituições, ajudam pessoas, tratam suas posses como dádivas de Deus, e por isso são gratos, e são generosos. Mas o dinheiro que doam aos outros, na verdade entregam nas mãos de Deus. Para essas pessoas, contribuir é adorar.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Bíblia ganha versão da Turma da Mônica em quadrinhos; Mônica e sua turma encenam os doze milagres de Jesus
Embora religião não seja um tema comum nas histórias em quadrinhos, este mês parece ter revelado muito sobre o assunto. Segundo
o jornal oficial do vaticano, “L’Osservatore Romano”, um artigo
defendia que o Hulk é católico, pois em uma de suas histórias mostra
Bruce Banner casando na Igreja Católica.
Agora chegou a vez de revelar qual a
religião dos personagens da Turma da Mônica. Não seria surpresa supor
que, como a maioria dos brasileiros, eles são católicos.
Talvez para aproveitar a “onda católica” gerada pela visita do papa, a editora Ave-Maria em associação
com Mauricio de Sousa está lançando este mês “Os Milagres de Jesus com a
Turma da Mônica”. A tiragem inicial é de 10.000 exemplares.
Seguindo o relato dos Evangelhos, os
conhecidos personagens recontam doze milagres de Jesus, como a
transformação da água em vinho, a cura do paralítico, a multiplicação
dos pães, a caminhada sobre as águas, entre outros.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Evangélica se emociona ao ver papa Francisco segurar sua filha no colo, mas diz que não mudará de religião
A evangélica Thaís
Albuquerque Ramos se emocionou ao ver a filha de um ano e oito meses nos
braços do papa Francisco, na tarde de ontem, durante desfile do
pontífice pelo centro do Rio. A jovem acompanhava uma amiga católica
quando foi surpreendida com o pedido do papa para segurar a menina.
"É muito emocionante. Não sei explicar a sensação. As minhas pernas começaram a tremer", disse, chorando, a mãe.
O papa apontou a criança e seguranças a
levaram até ele. Francisco levantou a menina, a beijou e a abraçou, na
esquina da rua Araújo Porto Alegre com a rua México.
Izadora adormeceu, em seguida, no colo da mãe.
Fiéis quiseram tocar e fotografar a criança, que virou símbolo de "boas vibrações".
De família humilde, Thaís vive na Pavuna (zona norte). Ela trabalha
como cabeleireira e diz que passa por um momento de crise no casamento.
Deixou o marido em Brasília há cerca de um mês para voltar a morar com o
pai no Rio.
"Minha amiga falou pra gente ficar pertinho do gradil para quando o papa viesse eu levantar minha filha", disse.
A jovem afirmou que se sente "grata", mas garante que não vai mudar de religião, nem influenciar na escolha da filha.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Pastor sugere ao Facebook a criação de um botão “vomitar” para fotos homossexuais
O botão “curtir” do
Facebook é uma das funções mais usadas na rede social, mas se o pastor
Pat Robertson pudesse criar uma alternativa, um botão chamado “vomitar”
seria adicionado às páginas do site.
Durante seu programa na televisão, o
polêmico pastor afirmou que gostaria de ter um botão “vomitar” para
expressar seu repúdio a casais homossexuais que publicam fotos em seus
perfis no “Face”.
A inusitada declaração do pastor foi
motivada por uma pergunta feita por um dos telespectadores, que o
questionou se seria pecado “curtir” fotos de casais gays. “Isso [imagens
de casais de mesmo sexo] me faz querer vomitar. Para mim, eu apertaria o
‘vomitar’, não ‘curtir’, mas eles não dão essa opção no Facebook”,
afirmou.
Os comentários de Robertson repercutiram
em diversas redes sociais, e um dos usuários sugeriu um botão
“bloquear” para o pastor, de acordo com o Eonline.
Pat Robertson, televangelista e
proprietário de uma emissora de TV, é conhecido por suas frases e ideias
polêmicas. Entre as mais famosas estão declarações ligadas ao islã, que
ele classifica como um “sistema econômico demoníaco”. O pastor também
já disse que “demônios podem se apegar a objetos” e por isso é
necessário exorcizar produtos comprados de segunda mão, e que o livro 50
Tons de Cinza é “chato” como a pornografia.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Presidenta Dilma Rousseff se encontra com cantoras e bispas evangélicas e recebe oração no Palácio do Planalto
A presidente da
República, Dilma Rousseff, recebeu hoje (15) 16 cantoras e bispas
evangélicas em audiência no Palácio do Planalto. O encontro foi
organizado pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. “Vim
como um articulador da presidente junto ao publico com o qual eu convivo
desde que eu tinha 6 anos”, disse.
O ministro destacou que o encontro foi
solicitado pelas mulheres evangélicas, que queriam se aproximar e
prestar solidariedade à presidente. “Ninguém veio pedir nada. Não teve
pauta de reivindicação, não teve veto a medida tomada pelo governo ou
discutida no Congresso. Foi apenas encontro de mulheres”, declarou.
Segundo Crivella, houve momentos de cantos e de oração, e a presidente chegou a se emocionar quando as mulheres oraram por ela.
“A presidente adorou, cantou com elas, gostou da oração e acha que o Brasil precisa estar unido em torno das mudanças”.
Crivella descartou dificuldades de
interlocução entre Dilma e os evangélicos, alegando que o encontro
demorou a sair porque a agenda da presidente é cheia. Ele disse ainda
que durante o encontro o tema eleição não foi tratado. “De jeito nenhum,
até porque é crime se falar de eleição agora, não estamos em período
eleitoral”, desconversou.
De acordo com a cantora gospel Damares
Alves de Oliveira, Dilma “fez promessa de melhorias”, enquanto as
mulheres oraram pela saúde da presidente e para que o país não “tenha
mensalão e outras roubalheiras”.
“Não viemos pedir nada. Viemos apoiar,
pois sabemos que a carga é pesada. Viemos estender o ombro”. Ao deixar o
encontro, Damares cantou sua principal música de trabalho, Sabor de
Mel, no saguão do Palácio do Planalto.
Também estavam na audiência o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a
cantora gospel e ex-apresentadora infantil Mara Maravilha e a bispa
Sonia Henandes, fundadora da Igreja Renascer em Cristo, que já foi
acusada de falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro.
Segundo Crivella, Dilma ainda não fez
qualquer menção sobre a possibilidade de fusão entre o ministério
chefiado por ele e a pasta da Agricultura. “O potencial do Brasil para a
produção de peixe é tão grande que nós não deveríamos abrir mão de ter
um ministério exclusivo”, defendeu.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Pastor é preso ao tentar orar por procuradora de justiça que é a favor do casamento gay
Um pastor da
Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi preso enquanto orava pela
Procuradora Geral do Estado Kathleen Kane, conhecida como uma apoiadora
do casamento gay. O Pastor Bill Devlin, co-presidente de um grupo
chamado Right to Worship (direito de culto), foi preso em Harrisburg
nessa sexta-feira, segundo o Charisma News.
- Esta é a primeira de muitas prisões –
disse Devlin, afirmando que a procuradora não poderia defender
eticamente uma ação federal contra o Estado buscando reverter proibição
da Pensilvânia sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Devlin
afirma que Kane tem o dever de fazer cumprir a lei estadual.
- Ela fez um juramento de defender a
Constituição da Pensilvânia (…) Como ela se atreve a não defender a nós,
cidadãos de Commonwealth, de quem é representante, e que
democraticamente temos afirmando que acreditamos que o casamento é entre
um homem e uma mulher?
Holly Lubart, porta-voz do Departamento
de Serviços Gerais, que supervisiona a Polícia do Capitólio da
Pensilvânia, confirmou que o pastor foi preso, de acordo. Lubart disse
que Devlin não conseguiu entrar na entrada do prédio e passou por um
oficial do Capitólio antes de entrar no elevador.
Devlin disse aos agentes de segurança do
edifício que abriga o escritório da procuradora-geral, que ele estava
ali para orar por Kane. Ele pediu-lhes para agendar uma consulta com ela
e disse que representava o clero em todo o estado. Um representante do
escritório de Kane veio ao encontro Devlin e disse que ele não podia
vê-la.
- Eu disse: ‘Estou aqui para orar. Eu
sei que você não vai me dar permissão, mas eu vou orar em frente ao
elevador’ – relatou o pastor.
- A polícia o pediu para se levantar,
ele não obedeceu e então eles o algemaram e levaram para fora do prédio –
afirmou Lubart, explicando que o pastor foi preso por conduta
desordeira.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
'Tudo é mais difícil', diz vítima seis meses após atentado a bomba em Anápolis
O casal Guilherme
Almeida, de 20 anos, e Thays Mendes, de 19 anos, tenta se adaptar à nova
rotina, seis meses após o atentado a bomba que comoveu o país, em
Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia. Apesar da boa recuperação, eles
dizem que a vida não é mais a mesma. "É tudo mais difícil", relata a
jovem.
Thays conta que tem se dedicado às
sessões de fisioterapia, mas aponta a principal mudança: "Eu estudo em
casa agora". Guilherme Almeida também passa por privações. "De dia, eu
não saio muito. Tem que ser mais regrado, por causa do sol", afirma.
No dia 5 de janeiro, Guilherme e Thays
foram vítimas de um atentado na Avenida Barão do Rio Branco, no centro
de Anápolis. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em
que um ciclista esperava o sinal abrir para arremessar uma bomba de
fabricação caseira dentro do carro do casal. Segundos depois, o artefato
explodiu.
Cenas gravadas por um cinegrafista
amador registraram o desespero dos jovens ao descer do veículo. Eles
tiveram queimaduras pelo corpo de até terceiro grau e ficaram na calçada
à espera do socorro.
Thays teve 42% do corpo queimados e
Guilherme, 32%. Os dois ficaram internados na UTI do Hospital de
Queimaduras de Anápolis por quase 30 dias.
Durante todo o tempo que eles estavam
hospitalizados o que mais chamou a atenção e comoveu as pessoas era o
cuidado que um tinha pelo outro, mesmo estando em leitos separados.
Ainda mais unidos, o casal busca superar os obstáculos de cada dia.
Suspeito
Os dois jovens ainda esperam ser capazes
de perdoar o agressor. Mas para eles, a prisão de Uingles Queiroz
Costa, 31 anos, que também é suspeito de detonar bombas dentro de um
ônibus coletivo em Goiânia, não garante que ele seja o mesmo autor do
atentado em Anápolis.
Delegado responsável pelo caso, Éder
Ferreira, concluiu o inquérito e indiciou Uingles, no fim de fevereiro. O
suspeito assumiu o crime em Goiânia, mas negou ser o autor do ataque ao
casal. Inclusive, não concordou em participar da reconstituição por
negar a autoria do atentado.
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